sábado, 14 de novembro de 2009

FALA DÊNIS!

Às vezes “cutucam a onça com a vara curta”. Por mais discreto que estamos tentando ser, o costume provinciano que ainda nos impera faz com que “metam o dedo na vida alheia” e transformem os boatos em verdades absolutas com as mais extremas velocidade e voracidade. Ex: Eu ouvi dizer... Disseram-me... Estão falando por aí... Dizem que... Aconteceu! E o assunto de boato passa a ser fato concretizado, pelo menos na mente da nossa gente.
Desde o último ano o mundo virtual, particularmente o nosso foi tomado por uma série de blogs das mais variadas temáticas. Alguns bons, outros de péssima qualidade; alguns elaborados por verdadeiros mestres da arte de rabiscar, outros executados por gente sem a menor formação necessária para um pronunciamento público; muitos dignos de fé, outros com arrazoados berrantes e sem propósito, sem compromisso, a não ser o de fazer graça ou “encher o saco” de alguém. Quem não leu em Triunfo o Boom Triunfo Boom, o Mugunzá Eletrônico, o Blog do Imperador, o Opinião Digital e por que não citar os anônimos e polêmicos Praxedes e Batxatxinha? Eu li todos e também colaborei, afinal informar-se e informar faz parte do nosso cotidiano. Na verdade, o blog é uma boa maneira de conseguirmos nos manter atualizados.
Quem, nesta nossa cidade, mesmo aqueles que não têm acesso à internet ou a desfrutam de forma restrita, não leu ou ficou sabendo da publicação de uma cartinha anônima, principalmente na época de política eleitoral? Estes veículos ou meios de comunicação / queimação passaram a fazer parte da nossa cultura. Vieram para o bem, mas, também, estão permeados pela maldade.
Infelizmente o anonimato tem servido a mentes carregadas de malícia para desabafarem mágoas e destilarem venenos letais contra Deus e contra o Diabo. Os blogs de Praxedes e Batxatxinha, por exemplo, tinham muitas coisas boas. Falavam o que o espírito do povo enxerga, mas não tem coragem de declarar, debochavam da mesmice e da burrice que tem carregado nos braços os desesperados e amordaçado a boca que quer falar, mas cala-se diante do medo e em nome da omissão. Todavia, demonstravam determinada unilateralidade, egocentrismo e num gesto de emoção chegavam a se perder. Um pecado grande: falar sem ter argumentos precisos ou uma tese bem formulada a respeito de algo ou sem conhecer, no íntimo, alguém. Julgar pelo estereótipo é preconceito!
Grandes heróis que povoam a nossa mente sempre se esconderam atrás de máscaras. Todos nós já assistimos a um filme ou a um desenho animado ou lemos um quadrinho. O anonimato tem encorajado alguns, despertado a curiosidade em muitos, apetecido e saciado ao mesmo tempo a fome de diversos que resolveram se empenhar nesta empreitada de denúncias, calúnias, verdades, injúrias, desabafos e contradições. Post vai, post vem; carta vai, carta vem e uma grande bola de neve odiosa tem-se formado.
Tenho assistido a um pouco de tudo isto, afinal as ocupações que me consomem o tempo não me tem permitido desfrutar, na íntegra, destas frívolas histórias narradas no oásis do sertão. Mas, para o meu infortúnio tenho sido vinculado a algumas práticas que se tem transformado em costumeiras por aqui. Não escutei brincadeiras de uma DÚZIA somente de pessoas apontando-me como o Praxedes. Até fiquei lisonjeado, dada a habilidade do personagem com as letras. Neste ponto a comparação foi muito bem aceita, todavia não quero a patente, pois não costumo falar mal dos amigos e dos inimigos só se estiverem sem a razão e eu puder deduzir as suas falhas. Depois, vieram as desconfianças quanto ao Batxatxinha. Quem será? Mais uma vez incluíram-me na lista odiosa dos mais combatidos pelo tubérculo. Gostei do blog até a indecência daquele mural que o condenou. Tenho minhas desconfianças, mas não posso incriminar alguém, mesmo que o meu íntimo assim o julgue culpado, sem que eu tenha provas cabais e suficientes.
Quinta-feira, dia 05/11, a cidade recebeu mais uma edição de suas bombásticas cartas anônimas “descendo a ripa” na administração. Fiquei sabendo da mesma quando ainda estava em Serra Talhada, onde trabalho e estudo, passando, portanto, a maior parte do meu dia. A princípio não dei muita importância. Para mim era mais uma, sem novidades, afinal o que está acontecendo agora é, na verdade, uma prática reiterada das nossas administrações desde que me entendo por gente. Na 6ª feira, um amigo advertiu-me a respeito da efetiva vinculação da autoria da “bendita” a minha pessoa, devido a um extrato de débito de um veículo anexado a mesma, fornecido na CIRETRAN de Serra Talhada, onde trabalho.
Ora, faz parte do meu ofício informar a quem interessar saber dados a cerca de quaisquer veículos, independente de quem seja: proprietário registrado ou não. Os usuários negociam veículos, portanto é natural que desejem saber informações a respeito dos mesmos. Assim, diariamente, fornecemos dezenas de extratos aos mais diversos usuários. É nossa obrigação como detranianos.
Em se tratando do extrato que foi anexado à carta prefiro acreditar que não houve malícia da parte do autor ou autores das denúncias. Será melhor assim. A investigação ficará por conta do serviço de inteligência da polícia e do ministério público.
O que, de fato, indignou-me foi o constrangimento de ter o meu nome envolvido em algo que não participei, apesar de ter concorrido, já que forneci o extrato. Mas, poderia eu imaginar a intenção de quem me pediu o mesmo? Também não queiram que eu lembre quem me pediu, afinal atendo diariamente dezenas de pessoas, ficando, portanto, difícil de memorizar quem entra e sai daquela Regional todos os dias. Além disto, decorreu um lapso temporal de 08 meses de quando o forneci, conforme consta no mesmo (31/03, às 08h48min), o que torna ainda mais difícil a lembrança.
O que não quero é que o meu nome seja vinculado a estas práticas maliciosas, uma vez que ando muito ocupado, sem tempo para banhar-me nestes rios de lama que correm pelas nossas administrações. Deixo este embate para os senhores politiqueiros, que de forma vil têm ludibriado a sabedoria popular, sobretudo à daqueles que os enxergam como totens ou santos milagreiros. Sou independente e não me permitirei servir de “bucha de canhão” para esta guerra baixa e patética que se instaurou odiosamente entre vocês e infelizmente no nosso meio, para nosso infortúnio. Recebam os aplausos dos seus pelegos e enxuguem-lhes a baba para que não molhem os seus tapetes vermelhos ou azuis; vermelhos do ódio e da vingança e azuis da escuridão de águas turvas que escondem segredos obscuros e profundos. Este falso poder não é mais que uma usurpação, uma ilusão e só durará enquanto bobos enganadamente vos temerem.
Registro aqui toda a minha indignação diante deste último episódio e resguardo o meu silêncio para falar apenas às autoridades e não aos fofoqueiros e agitadores de plantão. Apenas para esclarecer um pouco mais: já busquei a delegacia para queixar-me do fato e para requerer uma reparação pelos danos morais a mim causados. Deixarei para vocês autores da carta e, também, para vocês citados nela a justificativa perante o MP.
Esclareçam as suas falcatruas e retratem-se perante a justiça e o povo. Fico na torcida de que seja desencadeada uma série de investigações que apontem para a realidade das vossas negligentes atuações e os condenem. Virá à tona, por certo, um açude de lama podre. Conclamo, também, a apontarem pelo menos uma prática ilícita da minha parte, que me exponham ao julgo de algum tipo de prática de natureza duvidosa. Não, calem-se, porque nada terão a afirmar; agora eu posso falar, pois quem está devendo à justiça não sou eu e os autos processuais que transitam pelo MP e Judiciário são de vocês.
Arrumem mais o que fazer, cuidem das vossas vidas e do povo carente, ao invés de estarem alimentando o vosso ódio e envolvendo nas vossas questões pessoais pessoas que não estão disponíveis para tal. E, quando inventarem redigir, pelo menos se responsabilizem com a gramática e procurem um bom redator. Além de nos envolverem nestas porcarias de vocês, ainda nos “queimam” com a péssima redação.
Quando quero falar eu falo e assumo o que digo e escrevo. Insatisfeitos com as palavras acima, fiquem à vontade para tomarem as devidas providências. Não os temo. Danem-se com suas confusões bem longe de mim!

Denis Carlos Gomes – Assistente de Trânsito, matrícula 37265, lotado na
19ª CIRETRAN Regional de Serra Talhada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário