sábado, 26 de janeiro de 2013

BRASIL, QUAL É O TEU NEGÓCIO? O NOME DO TEU SÓCIO? VALE TUDO?



CONSTITUIÇÃO
Um Dedo de Prosa, Um Verso na Mão

Cesarnildo dos Santos Lima
Falar da Carta Maior,
É o que me foi proposto,
Não gosto de usar preposto,
Em versos achei melhor,
Prá você entender só,
Eu faço com exatidão,
Mas aceito explicação,
Pois de verso entendo pouco,
Nesse Brasil de Caboclo,          Bis
De Mãe Preta e Pai João.

Começo meu desafio,
Falando do artigo quinto,
Resume bem meu instinto,
Nem por isso tira o brio,
Da maior lei do Brasil,
Que comanda esta Nação,
Faz pena a corrupção,
Toda vez lhe dar pipoco,
Nesse Brasil de Caboclo,
De Mãe Preta e Pai João.

Começa dizendo coisa,
Que gera confusão,
Diz que iguais todos o são,
Tá escrito como lousa,
Mas igual uma raposa,
Eu não acredito não,
Retumbo como um trovão,
Grito tanto e fico rouco,
Nesse Brasil de Caboclo,
De Mãe Preta e Pai João.

Pobre e rico é diferente,
Igualdade eu não diria,
Inventaram a isonomia,
Transformando em inocente,
Todo aquele indecente,
Que não passa de um ladrão,
Enganando o cidadão,
Que honesto paga imposto,
Nesse Brasil de Caboclo,
De Mãe Preta e Pai João.

Liberdade e igualdade,
É preso quem furta um pão,
Ladrão livre com um milhão,
Isso é uma crueldade,
Prá nossa sociedade,
Que da Justiça espera ação,
Sem muita convicção,
Seu papel me deixa louco,
Nesse Brasil de Caboclo,
De Mãe Preta e Pai João.

Fala de propriedade,
Um direito que pensei,
Que era tudo que arranjei,
Com muita dificuldade,
Prá minha infelicidade,
É tudo do mensalão,
Pois que nem bicho-papão,
Comeu tudo e deu arroto,
Nesse Brasil de Caboclo,
De Mãe Preta e Pai João.

Direito à vida encontrei lá,
Acho até muita bondade,
Mas falta dignidade,
É diferente da de cá,
Rogo a Deus prá nos salvar,
Dessa prostituição,
Onde adúltero é o povão,
Que eu conclamo a dar o troco,
Nesse Brasil de Caboclo,
De Mãe Preta e Pai João.

Por último tem segurança,
Acho até muito hilário,
Nos fazerem de otário,
Não falo mais por que cansa,
Ver político e liderança,
Com o chicote na mão,
Fazendo sangue e vincão,
Seguro não ser deposto,
Nesse Brasil de Caboclo,
De Mãe Preta e Pai João.

3 comentários:

  1. Valeu, Poeta! A poesia nordestina acaba de ganhar mais um expoente.

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  2. Claro que valeu! E o sentimento sertanejo bem que prevaleceu.

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