CONSTITUIÇÃO
Um Dedo de
Prosa, Um Verso na Mão
Cesarnildo dos Santos Lima
Falar
da Carta Maior,
É
o que me foi proposto,
Não
gosto de usar preposto,
Em
versos achei melhor,
Prá
você entender só,
Eu
faço com exatidão,
Mas
aceito explicação,
Pois
de verso entendo pouco,
Nesse Brasil de Caboclo, Bis
De
Mãe Preta e Pai João.
Começo
meu desafio,
Falando
do artigo quinto,
Resume
bem meu instinto,
Nem
por isso tira o brio,
Da
maior lei do Brasil,
Que
comanda esta Nação,
Faz
pena a corrupção,
Toda
vez lhe dar pipoco,
Nesse
Brasil de Caboclo,
De
Mãe Preta e Pai João.
Começa
dizendo coisa,
Que
gera confusão,
Diz
que iguais todos o são,
Tá
escrito como lousa,
Mas
igual uma raposa,
Eu
não acredito não,
Retumbo
como um trovão,
Grito
tanto e fico rouco,
Nesse
Brasil de Caboclo,
De
Mãe Preta e Pai João.
Pobre
e rico é diferente,
Igualdade
eu não diria,
Inventaram
a isonomia,
Transformando
em inocente,
Todo
aquele indecente,
Que
não passa de um ladrão,
Enganando
o cidadão,
Que
honesto paga imposto,
Nesse
Brasil de Caboclo,
De
Mãe Preta e Pai João.
Liberdade
e igualdade,
É
preso quem furta um pão,
Ladrão
livre com um milhão,
Isso
é uma crueldade,
Prá
nossa sociedade,
Que
da Justiça espera ação,
Sem
muita convicção,
Seu
papel me deixa louco,
Nesse
Brasil de Caboclo,
De
Mãe Preta e Pai João.
Fala
de propriedade,
Um
direito que pensei,
Que
era tudo que arranjei,
Com
muita dificuldade,
Prá
minha infelicidade,
É
tudo do mensalão,
Pois
que nem bicho-papão,
Comeu
tudo e deu arroto,
Nesse
Brasil de Caboclo,
De
Mãe Preta e Pai João.
Direito
à vida encontrei lá,
Acho
até muita bondade,
Mas
falta dignidade,
É
diferente da de cá,
Rogo
a Deus prá nos salvar,
Dessa
prostituição,
Onde
adúltero é o povão,
Que
eu conclamo a dar o troco,
Nesse
Brasil de Caboclo,
De
Mãe Preta e Pai João.
Por
último tem segurança,
Acho
até muito hilário,
Nos
fazerem de otário,
Não
falo mais por que cansa,
Ver
político e liderança,
Com
o chicote na mão,
Fazendo
sangue e vincão,
Seguro
não ser deposto,
Nesse
Brasil de Caboclo,
De
Mãe Preta e Pai João.
Valeu, Poeta! A poesia nordestina acaba de ganhar mais um expoente.
ResponderExcluirClaro que valeu! E o sentimento sertanejo bem que prevaleceu.
ResponderExcluirNum vi graça
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