segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O RISO SEGUNDO ARIANO SUASSUNA ARVORADO NO PENSAMENTO FILOSÓFICO.

Na história da Psicologia, da Filosofia e da Teoria Literária, existem diversas tentativas de explicação do fenômeno do riso. Aristóteles, na sua Poética, considera que o cômico consiste no prazer de nos rirmos daquilo que é desagradável ou que tem defeitos. Segundo Kant, seria na contradição entre a expectativa e a realidade que residiria a essência do cômico.
Vou traduzir em exemplos. Em Aristóteles: um caolho chamou um cego dos dois olhos para navegarem num barco a remo e disse que enquanto o cego remasse, ele (caolho) o iria guiando. Ocorre que ao chegar EM ALTO MAR o remo escapou da mão do cego, atingiu o olho são do caolho que. evidentemente, ficou cego. Até aí tudo bem. Só que o primeiro, mesmo cego, percebendo a situação, bradou a interjeição de espanto "PRONTO" e o caolho, agora cego, pensando que o "pronto" era uma afirmação de que o passeio tinha terminado...desembarcou!
Em Kant. Um artista foi apresentar ao público suas CINCO assistentes: estas são PÁTA, PETA, PITA, POTA e...LUCRÉCIA. Nada a ver! Rsrsrs. (Fonte: TV Senado, aula-espetáculo de Ariano Suassuna).
Trazendo Aristóteles para os nossos dias, é bom rir da desgraça, mas da desgraça alheia.
Contemporizando Kant: alimentamos uma expectativa e rimos quando nos surpreendemos com uma realidade diferente.

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