Na história da Psicologia, da Filosofia e da Teoria Literária, existem
diversas tentativas de explicação do fenômeno do riso. Aristóteles, na
sua Poética, considera que o cômico consiste no prazer de nos rirmos
daquilo que é desagradável ou que tem defeitos. Segundo Kant, seria na
contradição entre a expectativa e a realidade que residiria a essência
do cômico.
Vou traduzir em exemplos. Em Aristóteles: um caolho
chamou um cego dos dois olhos para navegarem num barco a remo e disse
que enquanto o cego remasse, ele (caolho) o iria guiando. Ocorre que ao
chegar EM ALTO MAR o remo escapou da mão do cego, atingiu o olho são do
caolho que. evidentemente, ficou cego. Até aí tudo bem. Só que o
primeiro, mesmo cego, percebendo a situação, bradou a interjeição de
espanto "PRONTO" e o caolho, agora cego, pensando que o "pronto" era uma
afirmação de que o passeio tinha terminado...desembarcou!
Em Kant. Um artista foi apresentar ao público suas CINCO assistentes:
estas são PÁTA, PETA, PITA, POTA e...LUCRÉCIA. Nada a ver! Rsrsrs.
(Fonte: TV Senado, aula-espetáculo de Ariano Suassuna).
Trazendo Aristóteles para os nossos dias, é bom rir da desgraça, mas da desgraça alheia.
Contemporizando Kant: alimentamos uma expectativa e rimos quando nos surpreendemos com uma realidade diferente.
Trazendo Aristóteles para os nossos dias, é bom rir da desgraça, mas da desgraça alheia.
Contemporizando Kant: alimentamos uma expectativa e rimos quando nos surpreendemos com uma realidade diferente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário